Fazer intercâmbio é um grande sonho para muitos brasileiros, mas muitos ficam na dúvida se precisa falar inglês ou não.
Um programa que facilita uma experiência no exterior pode ser realizado em diferentes situações, sendo comum durante o ensino médio, durante o ensino superior ou em caráter profissional.
A necessidade de dominar o inglês varia dependendo das circunstâncias do intercâmbio.
Considerando um intercâmbio em um país que fala Inglês como Estados Unidos, Inglaterra, Austrália ou Malta, a pessoa interessada deve considerar os seguintes fatores:
No Ensino Médio
Intercâmbio em qualquer ano do Ensino Médio geralmente acontece sem a exigência do inglês fluente, sendo necessário comprovar o domínio básico ou intermediário.
A determinação específica depende das regras e leis da instituição, do estado e do país.
Independente das exigências, é importante avaliar se você terá capacidade de acompanhar as aulas.
Algumas escolas no Brasil poderão exigir uma comprovação rigorosa de equivalência do conhecimento ou que o aluno apresente documentos da instituição estrangeira que comprovem a aprovação em todas as matérias cursadas.
Com apenas um inglês básico, será um grande desafio entender os assuntos estudados na escola. Isso poderá representar um sério problema de aprendizado ao longo prazo.
No Ensino Superior
O intercâmbio na faculdade sempre exige uma comprovação oficial de um nível mínimo da língua falada no país de destino.
Isso significa que será necessário realizar um teste como TOEFL, IELTS, entre outros testes oficiais de proficiência.
No caso do inglês, o nível do domínio do idioma pode ser um fator de desempate no caso de vagas muito concorridas.
Além disso, as mesmas questões levantadas no item anterior para intercâmbio no Ensino Médio também valem para o Superior: será necessário acompanhar as aulas e validar sua carga horária na instituição brasileira.
Caráter Profissional
Entre os intercâmbios de caráter profissional, o mais popular é o de au pair. Ele consiste em ir para outro país por um tempo determinado para cuidar das crianças de uma família e aprender um idioma.
Como é necessário se comunicar com a família desde o primeiro momento, os intercâmbios de au pair sempre exigem inglês intermediário.
Mas apesar de ser indispensável conseguir realizar uma comunicação básica, o ponto da troca é justamente proporcional uma oportunidade de aprendizado do idioma através da prática.
Ocasionalmente, este tipo de intercâmbio também inclui aulas de inglês.
Além de au pair, existem diversos outros tipos de intercâmbios profissionais. É muito comum que se realizem voluntariados em troca de hospedagem, por exemplo.
Denominados “work exchange,” a necessidade de saber inglês neste tipo de intercâmbio depende totalmente de qual será o cargo e onde irá ser o trabalho.
Por exemplo, um serviço de atendimento ao cliente em um hotel necessariamente irá exigir inglês intermediário ou fluente.
Por outro lado, um serviço de manutenção no mesmo estabelecimento pode estar aberto para pessoas sem conhecimento nenhum do idioma.
Outras Situações
Além dos tipos de intercâmbios mencionados, há também os cursos de inglês que são feitos na forma de um intercâmbio.
Geralmente oferecidos por escolas de idiomas brasileiras ou estrangeiras, este tipo de programa é bem simples: é como realizar módulo de um curso de inglês no Brasil, só que ele acontece em outro país.
Para este tipo de intercâmbio, todos os níveis de inglês costumam ser aceitos.
Outra dúvida comum é se o inglês é requisitado mesmo quando o intercâmbio acontece em um país que não é anglófono, ou seja, onde se fala outra língua que não é inglês.
No caso do Canadá, que possui o Francês e o Inglês como línguas oficiais, é importante saber o básico de Inglês mesmo ao se aventurar na região francófona.
Mas na maioria dos demais casos, não é preciso falar inglês para fazer intercâmbio. De qualquer forma, está longe de ser inútil.
Inglês é uma língua universal, e saber pelo menos um pouco de inglês irá ser muito útil em qualquer país do mundo.
(Arantxa Pellicer Meira) é graduada em Cinema pela Universidade Federal de Santa Catarina e trabalhou como tradutora e professora de Inglês de 2017 a 2021