De repente surge a necessidade de um certificado internacional nível intermediário (quase avançado) para ingressar em uma universidade estrangeira ou uma empresa multinacional.
Já ouviu falar do FCE?
Nós te convidamos para a leitura deste artigo: nele, você irá saber sobre o teste, como funciona, valores, onde é aceito, se vale a pena e por fim dicas para estudar caso decida realiza-lo!
O que é?
First Certificate in English (TOEIC) ou Primeiro Certificado em Inglês, é um dos testes de proficiência mais conhecidos da universidade Cambridge.
É indicado para alunos de nível intermediário alto (high intermediate), e pode ser feito no papel ou online.
Há ainda o exame preparado especificamente para adolescentes, chamado FCE for Schools, ou B2 for Schools.
Tanto o exame regular quanto o adaptado para as escolas duram aproximadamente 3 horas e 30 minutos e avaliam as quatro competências (assim como os outros exames de Cambridge): Reading, Writing, Listening e Speaking.
O que é nível B2?
O nível B2 de inglês é definido como confiante ou independente no Common European Framework of Reference (CEFR), ou Quadro Europeu Comum de Referências para Línguas.
O CEFR é um marco internacional de descrição de competências linguísticas, e é aplicado e aceito ao redor do mundo todo. Seu nível mais baixo é o A1 e o mais alto é o C2.
O B2 se encontra do meio para cima.
De acordo com o CEFR, para ser classificado nível B2 o avaliado deve:
- Ser capaz de entender as ideias principais de textos complexos tanto em assuntos concretos quanto abstratos, incluindo discussões técnicas em seu campo de especialização.
- Ser capaz de interagir com certo grau de fluência e espontaneidade sem necessidade de esforço de qualquer lado.
- É capaz de produzir textos claros e detalhados sobre uma grande variedade de assuntos e explicar pontos de vista de um modo tópico, mostrando as vantagens e desvantagens das várias opções.
Como funciona?
O FCE pode ser realizado presencialmente no papel ou online. Em relação às categorias do exame, seguem os detalhes:
Reading/ Use of English: dura cerca de 1 hora e 15 minutos e é composto de 7 partes e 52 questões.
A primeira parte consiste de um texto para ser completado com opções de múltipla escolha (cloze de escolha múltipla); a segunda é um texto para ser completado escrito pelo avaliado (cloze aberto); na terceira, o candidato deve formar uma palavra a partir de uma raiz disponibilizada, considerando o contexto em que ela se encontra; na quarta parte, o objetivo é reescrever uma frase usado uma palavra-chave determinada; na quinta parte, há um texto com perguntas de múltipla escolha; na sexta, o objetivo é selecionar os parágrafos corretos para completar um texto; por fim, a sétima parte é a associação múltipla de textos curtos.
Writing: leva cerca de 1 hora e 20 minutos e contém 2 partes.
A primeira parte consiste de uma questão com uma escrita obrigatória e a segunda apresenta três opções de escrita para o candidato escolher.
Os tipos de texto pedidos geralmente são artigos, e-mails, ensaios, cartas, relatórios, críticas. O tamanho do texto varia entre 140 e 190 palavras.
Listening: é segmentada em 4 partes e dura cerca de 40 minutos.
A dificuldade vai aumentando de acordo com a progressão das partes.
As gravações podem ser monólogos: responder mensagens telefônicas, programas de rádio, notícias, anúncios públicos, relatos e episódios pessoais, palestras e conferências; ou contar com vários interlocutores: conversas, entrevistas, discussões, programas de rádio.
Na primeira parte, o avaliado ouve breves áudios e responde perguntas de múltipla escolha; na segunda, há um monólogo com cerca de 3 minutos e o candidato deve completar frases de acordo com o que foi dito; na terceira parte, há uma série de cinco monólogos sobre um tema, e a atividade consiste em escolher cinco opções corretas de oito possíveis respostas; na quarta parte, há um diálogo entre dois ou mais falantes e questões de múltipla escolha a serem respondidas.
Speaking: Assim como em outros exames de Cambridge, este componente é realizado juntamente com outro candidato e com dois examinadores.
É composta de 4 partes que levam cerca de 14 minutos para cada par de candidatos.
A primeira parte é uma conversa com o examinador sobre assuntos pessoais; na segunda parte, o candidato descreve por cerca de 1 minuto uma fotografia e também comenta sobre a descrição do outro candidato de uma fotografia diferente; na terceira parte, há uma conversa entre os dois avaliados sobre determinado tema; a quarta parte é uma continuação da terceira, de uma forma mais aprofundada, guiada pelo examinador.
[informações sobre o exame retiradas do site da Cambridge]
Observação: O inglês presente no teste segue sua origem britânica, mas existe a possiblidade de conter uma variedade linguística para a avaliação das habilidades como um todo.
Como funciona a pontuação?
A pontuação do FCE varia entre 140 e 190 pontos.
Caso o candidato obtenha 160 pontos ou mais, é considerado como aprovado e recebe um certificado vitalício de nível B2, ou seja, é válido para o resto da vida.
Quando o resultado é maior que 180, o avaliado recebe um certificado de nível C1 (um acima do B2).
Caso o resultado seja abaixo de 160, o aluno recebe o seu nível de inglês (A1, A2, B1), mas não tem direito ao certificado oficial.
Quais são os valores?
O valor para realizar o exame é de R$ 960, mas pode variar [valor 2023].
Caso tenha interesse em realizar o exame, você deve entrar em contato com um dos centros aplicadores e verificar a data e horário do próximo teste, já que os exames de Cambridge acontecem em datas previamente determinadas.
O link para encontrar centros no Brasil pode ser acessado aqui.
Onde o FCE é aceito?
Atualmente, o exame é aceito (ou requerido) em mais de 25.000 universidades, empregadores e governos ao redor do mundo.
É também requisito para o ingresso em uma grande variedade de vagas em multinacionais. Este link oferece uma busca para as organizações onde os exames de Cambridge são reconhecidos.
Vale a pena?
No geral, os exames de Cambridge são bem aceitos ao redor do mundo; isto se deve ao fato de seguirem o CEFR.
De qualquer forma, esta resposta vai depender do seu objetivo com o exame de proficiência: caso tenha interesse em ingressar em uma das organizações que aceitam o teste, esta é sua melhor escolha.
Caso sua intenção seja lecionar inglês ou em um país de língua inglesa, o FCE e seus exames na sequência de nível, CAE e CPE geralmente são requisitos essenciais.
Dicas para realizar o teste
• Muitos centros aplicadores, como a São Paulo Open Centre e a Cultura Inglesa, oferecem cursos preparatórios pagos para os exames Cambridge.
O site FloJoe é um dos mais conhecidos para a preparação deste tipo de proficiência; o próprio site da Cambridge também disponibiliza recursos para alunos e professores.
Você pode digitar “FCE mock test” na barra de pesquisa e encontrar exames inteiros com resposta para praticar.
• Pratique o inglês no dia-a-dia em suas quatro habilidades principais: Reading, Listening, Speaking e Writing.
Baixe um aplicativo jornalístico em inglês no celular e ler pelo menos uma notícia por dia; seguir, nas redes sociais de sua preferência, páginas de humor, notícias, ou qualquer outro tema de seu interesse em inglês; ouvir músicas em inglês e algumas vezes acompanhar a música com a letra (existem muitos vídeos no Youtube deste modo, apenas digite o nome da música que gosta e “lyrics” logo depois: muitas opções aparecerão); mude, nas configurações de seu celular, a língua para inglês; assista filmes e séries legendados em português, com o tempo os assista com legenda em inglês e por fim tente acompanhar uma série/filme que já assistiu antes sem legenda.
Agora que você conhece o FCE, como funciona, valores, tipos de questão entre outras informações, já se decidiu se irá realiza-lo?
Ainda não?
Está convidado para a leitura de nossos outros artigos explicando os outros exames disponíveis e tome uma decisão consciente e que mais se adeque às suas necessidades. Good luck on your test!!!
Tais Leite é doutoranda e mestre em Estudos Linguísticos e Literários em Inglês pela Universidade de São Paulo. Sua dissertação teve como base o romance O Deus das Pequenas Coisas (1998), de Arundhati Roy, e atualmente sua pesquisa foca em mitologia hindu, diáspora e a mulher indiana. Atua como redatora, tradutora e professora de inglês e é responsável pelo grupo de estudos “Lendo a Índia” no Centro Cultural Swami Vivekananda, além de publicar artigos acadêmicos e traduções de poemas e contos.