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A escrita acadêmica, seja em português ou inglês, pode suscitar incertezas e preocupações aos futuros autores. Entretanto, assim como a leitura, a fala e a escuta, a escrita acadêmica é uma habilidade que pode ser aprendida e aperfeiçoada através da prática constante e seguindo as dicas e truques deste guia completo. Você se sentirá mais confiante para escrever academicamente e assim apresentar seu conhecimento ao mundo todo. Vamos então ao nosso guia, que está dividido em três partes principais: Prática, Linguística e Acadêmica.
- Prática
Nesta seção, o foco será em relação à relevância da prática no âmbito da escrita acadêmica em inglês (e em qualquer outra língua). Seguem algumas dicas para desenvolver a escrita acadêmica.
- Leia muito
Para que você possa acostumar-se aos tipos de escrita acadêmica em inglês, seu vocabulário, sua entonação e todas as suas particularidades, é preciso que se familiarize com o gênero. Em outras palavras, significa ler muitos textos de autores de diferentes nacionalidades e áreas no gênero acadêmico: ensaios, artigos publicados em revistas acadêmicas, livros, e até assistir apresentações de trabalhos em simpósios ou palestras. Escrever academicamente ficará mais fácil à medida que você se habituar à leitura acadêmica, que irá te apresentar as suas características principais. Alguns sites para encontrar textos acadêmicos em inglês são: Google Scholar, JSTOR (neste alguns artigos estão disponíveis, outros são pagos) e Research Gate (esta é uma rede social acadêmica, para trocar informações e textos acadêmicos). Você pode ainda encontrar este tipo de texto na biblioteca virtual ou física de sua universidade.
- Pratique muito (MUITO)
Como em qualquer habilidade ou conhecimento, a prática da escrita acadêmica é indispensável para seu desenvolvimento. É através dela que você irá iniciar, entender seus pontos fortes e fracos, cometer erros e consertá-los até por fim sentir-se confiante ao realizar esta atividade. Você pode escrever para tentar publicar em uma revista do meio acadêmico, ou realizar cursos cujo objetivo é exercitar esta competência. O importante é acreditar em sua capacidade e não desanimar.
- Planeje a escrita
Para que sua escrita seja coerente, você pode planejar como ela será dividida, quais os argumentos presentes nela, quais autores irá citar e em qual ordem, quais dados irá acrescentar em determinado ponto do artigo/capítulo/ensaio/ etc. Por vezes, você pode se sentir hesitante para iniciar a escrita; ao planejá-la, ela se tornará mais clara e você será capaz de enxergar o texto antes mesmo dele ser executado. Este planejamento por ser uma lista no próprio documento em que escreverá, com apenas uma linha por tópico, que servirá como um guia para o texto como um todo; pode também ser escrito à mão, para aqueles que se sentem mais à vontade desta maneira.
*Truque: Através da prática e do planejamento, você aprenderá quais dicas e truques funcionam melhor para esta habilidade, e quais ainda precisam de aperfeiçoamento. Á medida que você conhecerá esta habilidade, conhecerá também a si mesmo, adaptando seu método de escrita.
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Nesta parte, serão explorados aspectos da língua que devem ser considerados no gênero escrita acadêmica em inglês. Tais aspectos podem ser semânticos, sintáticos, terminológicos, ou estilísticos, entre outros.
- Evite abreviações
A escrita acadêmica exige a norma culta linguística. Portanto, as abreviações comumente usadas em inglês, como “don’t”, “hasn’t”, “I’d”, entre outras, não são muito comuns: você deve escrever em extenso, como “do not”, “has not”, “I would/I had”. Este tipo de abreviação é mais frequente no meio oral.
Truque: Apesar da letra “a” pedir que abreviações sejam evitadas na escrita acadêmica, existem algumas delas encontradas neste gênero textual. São algumas: “e.g.” (example given = por exemplo); “i.e.” (that is = isto é); “et al” (et alli = e outras pessoas); “etc” (“etcetera”). Podem ser empregadas a qualquer momento na escrita, e com o tempo você também entenderá estas e outras expressões. Seguem alguns exemplos destas abreviações sendo usadas:
*Many interesting species of animals (e.g. koalas, emus, kangaroos) are from Australia.
(Muitos animais interessantes (por exemplo coalas, emus, cangurus) são da Austrália.
*The museum contained works by Monet et al.
O museu continha trabalhos de Monet e outros.
- Use conjunções variadas para conectar as frases
O uso das conjunções é extremamente relevante para a qualidade da sua escrita acadêmica. Tente variar entre elas, e compreender seus usos e exceções. Segue uma tabela com algumas delas e exemplos de sentenças as empregando:
Conjunções | ||||
AdditionAdição | ContrastContraste | ComparisonComparação | OrderOrdenar | ConclusionConclusão |
Additionally | However | Similarly | Next | Therefore |
Moreover | Otherwise | Accordingly | Meanwhile | Thus |
Furthermore | Nevertheless | In the same way | Afterward | In conclusion |
The forecast predicts rain tomorrow; accordingly, it would be wise to carry an umbrella.
(A previsão afirma que irá chover amanhã; portanto, seria prudente carregar um guarda-chuva.)
Please submit your application by the deadline: otherwise, it will not be considered.
(Por favor envie sua inscrição até o prazo: de outro modo, não será considerado.)
- Use a voz passiva
O uso da voz passiva é uma maneira de escrita neutra, onde não há indícios do responsável por determinada ação. Esta estrutura é empregada também quando o foco é o objeto que recebe a ação em vez da/do agente. Seguem alguns exemplos:
*It is believed that the discovery of a new treatment will revolutionize the medical field. (Acredita-se que a descoberta de um novo tratamento irá revolucionar o campo médico)
*The research was conducted by a team of experienced scientists.
(A pesquisa foi conduzida por um time de cientistas experientes)
- Use palavras formais e derivadas do latim
O gênero textual escrita acadêmica demanda um vocabulário mais formal, portanto você deve tentar usar o máximo destas palavras em suas obras. No mais, palavras que são parecidas com o português, geralmente derivadas do latim, são mais formais em inglês. Por exemplo, é mais comum você encontrar “mundane” (mundano) em contextos acadêmicos em vez de “worldly”. Outros casos seriam “debilitate” (debilitar) ao invés de “weaken”, ou “altruism” (altruísmo) em vez de “selflessness. Nem sempre uma palavra derivada do latim será igual a em português, mas a maioria é. Aprenda mais palavras formais latinas aqui.
Abaixo, segue uma lista de palavras formais usadas neste contexto:
Informal | Formal |
Ask (perguntar) | Enquire |
Bad (ruim) | Negative |
Live (morar) | Reside |
Buy (comprar) | Purchase |
Hurt (machucar/ danificar) | Damage |
Mais desta lista pode ser encontrado aqui.
*Truque: Para que sua escrita não se torne repetitiva ou limitada, você pode acessar o Thesaurus, dicionário que contém o significado do vocábulo e seus sinônimos e antônimos. Deste modo, ele pode ser acessado para enriquecer sua escrita. É também essencial verificar um dicionário de collocations, onde pode ter acesso às palavras que combinam e aquelas que não devem ser usadas junto a determinados vocábulos. Desta maneira, você evita erros em relação ao inglês: você pode, por exemplo, procurar o substantivo “problem” neste tipo de dicionário e encontrar adjetivos, verbos e expressões com esta palavra. Não dizemos “wide problem”, e sim “great problem”. Por fim, há o banco de expressões acadêmicas em inglês, onde podem ser encontradas variadas frases para determinados contextos: definir termos, descrever tendências, dar exemplos, entre outros. Na aba “definir termos”, por exemplo, temos as expressões “X can broadly be defined as….” ou “The broad use of the term X is sometimes equated with….”, ou ainda “The term X encompasses A, B and C”. Estes são alguns exemplos, mas há muitas outras opções online para enriquecer linguisticamente seu texto acadêmico.
- Parte Acadêmica
Nesta parte do guia, serão exploradas ações relacionadas ao campo de estudos da escrita, suas normas e a capacidade argumentativa de um texto acadêmico.
- Conduza uma pesquisa completa
Para que você se sinta confiante para escrever um texto acadêmico sobre qualquer assunto, primeiramente você necessita ter bastante conhecimento, mesmo que seja sobre uma pequena porção do tema. Por exemplo, para escrever sobre literatura indiana, você precisa ler alguns romances indianos, pesquisar análises destes romances, compreender o momento social-histórico em que foram escritos, saber um pouco sobre a cultura indiana e por fim focar em um ou dois aspectos destas obras que irão ser analisados no texto acadêmico (personagens, narrativa, tópicos específicos, entre outros). De qualquer modo, a pesquisa que você realizar deve ser aprofundada e confiável: suas fontes devem ser seguras (livros escritos por especialistas no tema, sites oficiais (governo, jornais, que apresentam autor e data de publicação), artigos de revistas acadêmicas, pesquisas realizadas seguindo determinadas normas, etc).
- Desenvolva uma pergunta e uma hipótese
Depois de pesquisar, ler, analisar dados e refletir sobre o tema escolhido, você deve encontrar uma pergunta que irá ser respondida em sua escrita. Tal pergunta pode ser específica e mais detalhada (ao escrever artigos científicos, com cerca de 15 a 20 páginas), ou mais abrangente (ao escrever livros acadêmicos completos, de no mínimo 150 páginas). Ao mesmo tempo, você irá elaborar uma ou duas hipóteses, ou seja, possíveis respostas para a sua pergunta. Ao finalizar sua investigação, sua hipótese pode estar incorreta; mas não precisa se preocupar, pois de qualquer modo você realizou uma pesquisa extensa sobre o conteúdo.
- Normatização acadêmica
Dependendo de onde você deseja publicar seu texto acadêmico, você deverá seguir uma série de normas que determinam a maneira de citar autores em seu trabalho, de escrever as referências bibliográficas, entre outras diretrizes para sua pesquisa (capa, fonte de escrita, tamanho da letra, tamanho das margens, entre outras).
No Brasil, o padrão é a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas); instruções sobre esta norma podem ser encontradas aqui. O método Harvard, é bem conhecido também, e pode ser encontrado aqui. A norma Chicago (cuja sigla é CMS) diferencia as humanidades, ciências naturais e ciências sociais. A norma MLA, por sua vez, é mais completa do que a de Chicago e é mais aceita em universidades internacionais. Por fim, a norma APA (American Psychology Association) é mais comum em textos da psicologia e ciências sociais. Estão são as principais normas, mas existem muitas outras; ao escolher um periódico, revista acadêmica ou editora (nacional ou internacional), você deve procurar as normas seguidas pela publicação.
- Verifique o percentual de plágio
Ao ler muitas fontes repetidas vezes, você pode acabar escrevendo algo muito parecido com o que leu, mesmo que não tenha a intenção. Portanto, antes mesmo de enviar seu texto para alguém ler, use programas que verifiquem o percentual de plágio em seu texto, para que possa citar todas as informações que adicionar em seu texto corretamente. Você pode instalar programas detectores de plágio como o CopySpider, cuja versão gratuita serve para arquivos mais leves, ou o Farejador de Plágio; ou sites nos quais pode fazer o upload de seu texto e baixar a análise do nível de plágio dele, como o Plagiarisma.
Truque: Ler seu texto em voz alta é um truque interessante que pode ser usado para verificar se sua escrita está coesa e coerente, antes e depois de enviar para uma pessoa te dar o feedback. Quando o texto é lido em voz alta, algumas irregularidades dele ficam em evidência, o que facilita sua correção depois de sua identificação.
- Peça feedback
Quando estamos acostumados à nossa escrita e ao nosso objeto de pesquisa, por vezes ignoramos incongruências de nosso texto. Ao pedirmos que uma segunda ou terceira pessoa leia atentamente nosso estudo, abrimos oportunidade para que possam ler as informações pela primeira vez, examiná-las e oferecer sugestões de mudanças para que possam ser mais compreensíveis e confiáveis. A pessoa para a qual você pode pedir feedback pode ser uma/ um colega que trabalhe na área, um especialista acadêmico, ou você pode pagar para que um profissional revise seu trabalho escrito.
- Revise e edite
Por fim, ao receber o feedback de sua obra, você deve revisitar todas as sugestões, revisar seu texto, reescrever e/ou editar alguns trechos. A reescrita é intrínseca à escrita acadêmica, pois é através dela que você aprende mais e especializa-se nesta habilidade desejada por muitos.
Esperamos que com este guia completo você elimine qualquer dúvida que tinha em relação à escrita acadêmica em inglês e aventure-se neste meio tão rico e sempre em evolução que é o meio acadêmico. Confie em si mesma/mesmo, siga as dicas com atenção e logo estará dominando este conhecimento!
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